sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Como eu descobri?

Quando descobri que estava gestante do Arthur eu entrava na 8ª semana de gestação. Assim que soube, procurei um médico pra iniciar o pré natal e fazer os exames necessários. Fiz todos os exames certinho como em qualquer gestação tem que ser, fiz todas as ultrassons nas datas correspondentes de cada uma. Foi então que eu fiz a Ultrassom Morfológica com 28 semanas de gestação.
Eu já sabia o sexo, mas a morfológica confirmou: era um menino!!
O exame seguia tranquilo, eu estava acompanhada dos meus pais (nesse dia meu marido não pode ir). Ouvimos o coração, vimos as mãozinhas dele e todo o resto.
Quando chegou na parte do rostinho, a médica que estava fazendo o exame disse que ela precisava confirmar uma coisa que ela viu mas que aquele aparelho não era o suficiente. Então pediu que eu aguardasse lá fora até que liberasse o aparelho de imagem 3D.
Isso já me assustou e muito. Mas fiquei esperando a outra sala liberar. Esperamos uns 40 minutos mais ou menos até ela me chamar novamente. Começou o exame e em menos de dois minutos ela já confessou: "seu bebê vai nascer com uma deficiência no lábio, ele tem lábio leporino". Confesso que eu não sabia o que se tratava e ainda estava tentando assimilar o que a médica continuava dizendo sobre o assunto quando eu ouvi ela dizer a seguinte frase: "ele não vai conseguir se alimentar...".
Esse foi o meu choque. Naquele momento eu perdi o chão. Não pela deficiência, estética nada, foi o fato do meu bebê não se alimentar. 
Chorei muito, meus pais também ficaram sem reação mas tentavam me acalmar. Liguei pro meu marido mas mal conseguia falar no telefone. Ele foi pra casa assim que soube.
Quando ele chegou expliquei pra ele o que estava acontecendo, tentava me acalmar, mas a frase dita pela médica ficava repetindo na minha cabeça. Tinha medo do meu bebê realmente não se alimentar.
Então meu marido e eu decidimos rezar juntos. E confesso que não é coisa de filme, mas naquele momento o Arthur deu seu primeiro chute na minha barriga, então meu marido disse: "ele está tentando te acalmar, dizendo que vai ficar tudo bem!".
A partir daí, começamos a nos preparar pra chegada dele. Conheci pessoas que passaram por essa experiência e comecei a procurar algum tipo de tratamento. Mas esse assunto falaremos depois.
Quando se está gestante, não é fácil receber uma notícias dessa. Queria saber como foi a experiência de vocês.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O que é a Fissura Labiopalatina?

Popularmente conhecida como lábio leporino (por lembrar a boca de uma lebre), a fissura labiopalatina é uma abertura na região do lábio e/ou palato do recém-nascido ocasionada pelo não fechamento destas estruturas na fase embrionária, isto é, entre a 4ª e a 12ª semana de gestação.
Existem várias causas para fissuras. Dentre elas, estão: fator de hereditariedade, doenças durante a gravidez (sífilis, rubéola, por exemplo), alimentação inadequada da futura mãe, uso de drogas, álcool ou cigarro entre outras.
Essas fissuras são divididas em quatro categorias:
1 – Fissura pré-forame incisivo – são aquelas exclusivamente labiais (Unilateral, bilateral ou mediana) que podem variar em grau, desde um simples vermelhão até a fissura completa, com o comprometimento do assoalho nasal até a arcada alveolar.
As fissuras pré-forames podem apresentar-se nas seguintes formas: Fissura unilateral pré-forame incisivo completa; Fissura bilateral pré-forame incisivo completa; Fissura unilateral pré-forame incisivo incompleta; Fissura bilateral pré-forame incisivo incompleta.
2 – Fissura pós-forame incisivo – são as fendas palatinas em geral medianas, que podem se situar apenas na úvula, se estender ao palato mole ou, como é comum envolver o palato duro.
3 – Fissura transforame incisivo – São as de maior gravidade, unilaterais ou bilaterais, e atingem lábio, arcada alveolar o palato duro. 
4 – Fissuras raras de face – São as obliquas, do lábio inferior ou do nariz, entre outras.


sábado, 24 de janeiro de 2015

Vamos dar Boas Vindas???

Oi... Tudo bem?
Meu nome é Ana Paula. Moro em Cuiabá-MT e sou mãe do Arthur.
Meu filho nasceu com fissura labiopalatina e descobri ainda na gestação.
Quando descobri a má formação dele, não sabia nada sobre o assunto (pra ser sincera eu nem sabia o que era e nunca tinha visto). Entrei numa numa paranoia de procurar entender o que era e ler alguns artigos entre outras informações. Foi quando percebi que isso é tão comum e tão próximo.
Mas, se hoje você mamãe, quiser encontrar alguma coisa do que é, vai perceber que a maioria dos sites e artigos que trazem o assunto são de termos bem científicos. Nenhum ou quase nada traz o assunto de forma vivenciada, com experiência de mães ou de pessoas que nasceram com a fenda labiopalatina.
Então tive a ideia de criar esse blog contando uma pouco mais da minha experiência de ter um "fissurinha" em casa, das dificuldades, das alegrias e das tristezas. Falar do tratamento e onde podem encontrar.
Espero que sirva para esclarecer muita coisa para quem, assim como eu, também procurou informações.
Sejam bem vindos ao Fissurinhas!!!